quarta-feira, 31 de julho de 2013

Novo sistema e-SOCIAL assusta empresas

eSocial trará benefícios para o trabalhador, mas exigirá mudança de procedimentos e treinamento especial

Edla Lula

O Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, batizado como eSocial, causou arrepio a empresários pelo número de informações que terão que ser incluídos no sistema. Criado pelo Ato Declaratório nº 5, da Receita Federal, o sistema que veio para simplificar, poderá aumentar a burocracia e o custo administrativo, segundo as empresas. O novo modelo é mais um projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), instituído em 2007, do qual resultou, por exemplo, a nota fiscal eletrônica e o Sped fiscal. Dessa vez, o sistema estabelece o envio de forma digital por parte das empresas das informações cadastrais de todos os empregados. O sistema vai substituir o envio de nove obrigações que hoje são feitas mensal e anualmente — como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), Guia de Recolhimento do FGTS e informações a Previdência Social (GFIP)—por apenas um envio. Só que além dessas informações, já tradicionais, o Ato Declaratório estabelece que a partir de janeiro todas as empresas terão que enviar — em alguns casos diariamente — o histórico dos empregados, com informações que vão desde a admissão até a demissão, passando pelos atestados médicos e as advertências. Ao todo, as empresas terão que enviar à Receita Federal 44 tipos de informações por empregado.
“O projeto que foi criado com os louváveis objetivos de facilitar o cruzamento de dados e combater a sonegação fiscal, veio com efeito colateral. Da forma que está desenhado na fase atual, acaba por criar obrigações desmedidas às empresas, gerando maior burocracia e custo”, diz o diretor-adjunto sindical da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Adauto Duarte. A Fiesp pretende encaminhar ao governo documento sugerindo alterações nessa que é a primeira versão do eSocial. “Por cautela, vamos sugerir que o governo entre com o sistema conforme previsto, apenas unificando as informações que já são repassadas e,depois, através do dialogo tripartite, se construam as novas obrigações”, comenta Duarte, alegando que as empresas precisam avaliar se os custos adicionais vão ou não afetar sua competitividade. Entre os novos custos para as empresas, o diretor cita o alto valor de atualização dos sistemas informáticos de folha salarial, que terão que ser compatíveis com o eSocial, e o investimento no treinamento dos empregados. “Além disso, no início haverá a convivência dos vários sistemas, como por exemplo o eSocial e o Caged. Nesse período de transição, as empresas terão que arcar com o custo do envio de informações em duplicidade”.
Para Victória Sanches, gerente especialista em soluções da unidade de negócios de Tax & Accounting da Thomson Reuters no Brasil, apesar de o novo módulo trazer um impacto inicial para as empresas, ele representará um importante ganho, especialmente para o trabalhador. “Ele poderá entrar com seu CPFe terá lá registrada toda a sua vida laboral.Nãoenfrentará tudo o que enfrenta hoje para, por exemplo, fazer aposentadoria”, diz a consultora, que participa do GT 48, o grupo de trabalho que vem implantando o Sped desde sua criação. Ela alerta, no entanto, que a complexidade do sistema exige que desde já as empresas adaptem seus sistemas ao eSocial: “São muitas informações novas. Não é algo que você vire uma chavinha e o sistema estará implantado. Envolve mudança de cultura e mudança de processos”.
Fonte: Brasil Econômico

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Artigo: O simples é que funciona de verdade

Artigo publicado hoje 24/07/2013 no jornal A Tribuna

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Exportações do agronegócio caem 11,8% no primeiro semestre

A crise econômica mundial que afetou o comércio internacional também atingiu o agronegócio capixaba. O ES fechou o primeiro semestre de 2013 com US$ 856,9 milhões em produtos exportados, um montante 11,8% inferior aos US$ 971,1 milhões comercializados no mesmo período de 2012.
Os preços médios internacionais de janeiro a junho deste ano foram inferiores àqueles praticados para os principais produtos do agronegócio estadual, como celulose (-4%), café verde (-20,5%), pimenta-do-reino (-8,6%), açúcar (-17,5%), carne bovina (-4,8%) e chocolates (-8,8%). Apenas os preços do mamão foram superiores em 6,7%. Apesar dos preços baixos, o volume exportado em toneladas foi inferior em apenas 4,2%.

“A crise mundial persiste, o semestre foi de preços médios baixos para os produtos mais importantes de nossa pauta de exportações, como café e celulose, que respondem por 90% das nossas divisas, e mesmo assim, com todas as dificuldades, praticamente não perdemos espaço no mercado externo, pois o volume exportado caiu muito pouco”, destaca Enio Bergoli, secretário da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Estado do Espírito Santo.

A redução das divisas com as exportações dos dois principais grupos de produtos exportados pelo Espírito Santo, celulose e cafés, foi superior a US$ 100 milhões, quando se compara os primeiros semestres de 2013 e 2012. A exceção foi o café solúvel que, apesar dos preços mais baixos, teve um incremento significativo do volume exportado, que ocasionou elevação de mais de 5% na geração de divisas.

Já para o mamão, em que o Espírito Santo é o maior exportador do Brasil, o semestre foi bom, com elevação dos preços médios, ampliação no volume exportado e aumento das vendas internacionais (9,2%).

“A agropecuária capixaba e seus negócios associados se caracterizam pela competitividade, pois enfrentam entraves como custos elevados de logística para alguns produtos, além de barreiras tarifárias, sanitárias e outros gargalos inerentes ao comércio internacional, e mesmo assim continua evoluindo e gerando divisas para nosso Estado”, afirma Bergoli.


FOTO: Léo Junior / Seag

(Os textos publicados são produzidos pelas Assessorias da Rede de Comunicação do Governo do Estado do Espírito Santo).

quinta-feira, 18 de julho de 2013

HomologNet exigirá certificado digital a partir de setembro

Utilizar o certificado ICP-Brasil no Homolognet significa, para o MTE, a ampliação da rede de serviços oferecidos à sociedade.

A partir de 16 de setembro, empresas e sindicatos devem adquirir certificado digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil para utilizar funções do Homolognet, sistema do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, que permite o cadastro de informações referentes a rescisões contratuais.
O acesso ao sistema implantado em 2010 poderá ser realizado por meio de login e senha, como é feito atualmente, mas o certificado ICP-Brasil será necessário para que se disponha de serviços como a emissão do Termo de Quitação da Rescisão de Contrato para trabalhadores com vínculo há menos de um ano.
Utilizar o certificado ICP-Brasil no Homolognet significa, para o MTE, a ampliação da rede de serviços oferecidos à sociedade. Segundo informações do órgão, “a certificação digital possibilitará ao MTE oferecer novos serviços relativos à elaboração e rescisão contratuais, disponibilizando funcionalidades que só podem ser oferecidas a partir da segurança da certificação digital”.

Fonte: Convegência Digital

terça-feira, 16 de julho de 2013

Projeto que prevê fim da cobrança da multa de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa


Multa de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa - Projeto que prevê fim da cobrança é aprovado na Câmara dos Deputados e segue para sanção presidencial.
O projeto que acaba com a multa de 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), paga nos casos de demissões sem justa causa pelo empregador, foi votado e aprovado dia 03.07.2013, na Câmara dos Deputados.
A multa adicional foi criada em 2001 para zerar o rombo decorrente de decisões judiciais que obrigaram o governo a compensar o Fundo pelas perdas relativas aos Planos Verão, no governo Sarney, e Collor I. O déficit foi coberto em julho de 2012 e desde então os recursos seguiam para o cofre da União.
O projeto seguirá agora para sanção da presidente Dilma Rousseff, que poderá sancionar ou vetar. Para líderes da base aliada, a retroatividade do fim da cobrança pode facilitar a decisão por veto da presidente, pela possibilidade de haver questionamentos judiciais. O uso de manobras fiscais para fechar as contas no ano passado e a desaceleração da economia, resultando em menor arrecadação de impostos, são outros fatores que podem levar ao veto do projeto.